tag:blogger.com,1999:blog-79499740232029324722024-02-20T05:43:45.279-08:00ARTIGOS E TEXTOSRossana Lourençohttp://www.blogger.com/profile/14975447533407014962noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-7949974023202932472.post-60914235809067242752009-10-27T08:36:00.001-07:002009-10-27T08:37:32.765-07:00O QUE CONTAR E PARA QUEM CONTARA LITERATURA ADEQUADA ÀS FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL<br /><br />Ao escolhermos uma história para contar, em primeiro lugar, devemos considerar a faixa etária dos nossos ouvintes, pois a cada uma delas correspondem níveis de maturidade que demandam a necessidade de determinadas características nos contos, que facilitam o interesse e a compreensão da história.<br /><br />Fase Pré-Escolar - Período maternal (Dos 2 aos 4 anos )<br /> Período Pré-Primário (Dos 4 aos 6 anos) <br />Fase Escolar - 1.º Período (Dos 7 aos 8 anos)<br /> 2.º Período (Dos 8 aos 9 anos)<br /> 3.º Período (Dos 9 aos 10 anos)<br /><br />O período maternal é a fase pré-mágica. O mundo da criança limita-se ao ambiente circundante em que ela vive. Sua imaginação acha-se ainda latente, e por isso, somente os seres, as coisas e as pessoas com que convive, podem ocupar-lhe a atenção. <br />No pré-primário, que se inicia aos 4 anos, entra o infante na fase mágica, e a fantasia desponta criadora e atuante. Abrange os 3 períodos: o 1.º aos 4 anos; o 2.º aos 5; e o 3.º aos 6 anos. Neles já entram as narrações clássicas, como as estórias de Dona Baratinha, Os Três Porquinhos, Chapeuzinho Vermelho, etc.<br />Na fase escolar a criança começa o aprendizado de leitura, que se faz normalmente nas escolas primárias. O enredo, girando em torno de estórias de animais, de aventuras e de encantamento, desperta o interesse pelos conflitos e lances culminantes que se entretém. <br /><br />Fase preparatória (Dos 10 aos 12 anos) <br />Fase da adolescência (Dos 13 aos 18 anos)<br /><br /><br />Histórias para crianças (faixa etária/áreas de interesse/materiais/livros): <br />Até 3 anos: histórias de bichos, de brinquedos, animais com características humanas (falam, usam roupas, tem hábitos humanos), histórias cujos personagens são crianças.<br />1 a 2 anos <br />A criança, nessa faixa etária, prende-se ao movimento, ao tom de voz, e não ao conteúdo do que é contado. Ela presta atenção ao movimento de fantoches e a objetos que conversam com ela. As histórias devem ser rápidas e curtas. O ideal é inventá-las na hora. Os livros de pano, madeira e plástico, também prendem a atenção. Devem ter, somente, uma gravura em cada página, mostrando coisas simples e atrativas visualmente. Nesta fase, há uma grande necessidade de pegar a história, segurar o fantoche, agarrar o livro, etc.<br />EXEMPLOS DO QUE TRABALHAR NESSA FAIXA:<br />CANTIGAS DE RODA<br />PARLENDAS<br />Parlendas: É uma arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um ritmo que a própria metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter a criança, ensinando-lhe algo. No interior, aí pela noitinha, naquela hora conhecida como “boca da noite”, as mulheres costumam brincar com seus filhos ensinando-lhes parlendas, brinquedos e trava-línguas. Uma das mais comuns é a elas ensinam aos filhos apontando-lhes os dedinhos da mão – Minguinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolo e mata piolho. <br /><br />Quando os ensina a bater palmas ou balança a rede, o berço ou a cadeira, diz: <br /> <br />Palma, palminha, <br />Palminha de Guiné <br />Pra quando papai vié, <br />Mamãe dá a papinha, <br />Vovó bate cipó, <br />Na bundinha do nenê.<br /><br />Outras variantes são: <br /><br />Bão, babalão, <br />Senhor Capitão, <br />Espada na cinta, <br />Ginete na mão. <br />Em terra de mouro <br />Morreu seu irmão, <br />Cozido e assado <br />No seu caldeirão.<br /><br />Hoje é domingo <br />Pé de cachimbo <br />Cachimbo é de barro <br />Bate no jarro <br />O jarro é de ouro <br />Bate no touro <br />O touro é valente <br />Bate na gente <br />A gente é fraco <br />Cai no buraco <br />O buraco é fundo <br />Acabou-se o mundo.<br /><br />Cadê o toicinho daqui? <br />O gato comeu. <br />Cadê o gato? <br />Foi pro mato. <br />Cadê o mato? <br />O fogo queimou. <br />Cadê o fogo? <br />A água apagou. <br />Cadê a água? <br />O boi bebeu. <br />Cadê o boi? <br />Foi amassar trigo. <br />Cadê o trigo? <br />A galinha espalhou. <br />Cadê a galinha? <br />Foi botar ovo. <br />Cadê o ovo? <br />O padre bebeu. <br />Cadê o padre? <br />Foi rezar a missa. <br />Cadê a missa? <br />Já se acabou!<br /><br />Chuva e sol,<br />casamento de espanhol.<br />Sol e chuva,<br />casamento de viúva.<br /><br />Um dois, feijão com arroz,<br />Três quatro pirão no prato,<br />Cinco, seis, galo inglês,<br />Sete, oito, café com biscoito,<br />Nove, dez, burro que és! <br /><br />Os portugueses denominam as parlendas cantilenas ou lengalengas. Na literatura oral é um dos entendimentos iniciais para a criança e uma das fórmulas verbais que ficam indeléveis, na memória adulta.<br /> 2 a 3 anos<br /> Nessa fase, as histórias ainda devem ser rápidas, com pouco texto de um enredo simples e vivo, poucos personagens, aproximando-se, ao máximo, das vivências da criança. Devem ser contadas com muito ritmo e entonação. Tem grande interesse por histórias de bichinhos, brinquedos e seres da natureza humanizados. Identifica-se, facilmente, com todos eles. Prendem-se a gravuras grandes e com poucos detalhes. Os fantoches continuam sendo o material mais adequado. A música exerce um grande fascínio sobre ela. A criança acredita que tudo ao seu redor tem vida e vivência, por isso, a história transforma-se em algo real, como se estivesse acontecendo mesmo. <br />Estão começando a dominar a fala, por isso gostam de cantar e de jogos com as palavras.<br />Trava-linguas: Os Trava-línguas são formas literárias também tradicionais e de origem oral, que buscam unir palavras de sonoridade semelhante, proporcionando um efeito de um jogo centrado na dificuldade da pronúncia.<br /><br />A aranha arranha a jarra rara! <br /><br />Um tigre, dois tigres, três tigres. <br />Um ninho de mafagafos, com cinco mafagafinhos,<br />quem desmafagafizar os mafagafos, bom desmafagafizador será.<br />Três tigres tristes para três pratos de trigo.<br />Três pratos de trigo para três tigres tristes. <br />O peito do pé de Pedro é preto. Quem disser que o peito do pé de Pedro é preto, tem o peito do pé mais preto do que o peito do pé de Pedro. <br />O rato roeu a roupa do rei do Roma.<br />Rainha raivosa rasgou o resto.<br />O tempo perguntou pro tempo<br />quanto tempo o tempo tem.<br />O tempo respondeu pro tempo<br />que o tempo tem tanto tempo<br />quanto tempo o tempo tem<br /><br />Se o papa papasse papa<br />Se o papa papasse pão,<br />Se o papa tudo papasse<br />Seria um papa -papão<br /><br />SEGUNDA INFÂNCIA:<br />Entre 3 e 6 anos: histórias com bastante fantasia, com fatos inesperados e repetitivos, cujos personagens são crianças ou animais.<br />Fantasia & Imaginação (dos 3 aos 6 anos) <br />• Fase lúdica e predomínio do pensamento mágico; <br />• Aumenta, rapidamente, seu vocabulário; <br />• Faz muitas perguntas. Quer saber "como" e "por quê?"; <br />• Egocentrismo - narcisismo; <br />• Não diferenciação entre a realidade externa e os produtos da fantasia infantil; <br />• Desenvolvimento do sentido do "eu"; <br />• Tem mais noção de limites (meu/teu/nosso/certo/errado); <br />• Tempo não tem significação - não há passado nem futuro, a vida é o momento presente; <br />• Muitas imagens ainda completando ou sugerindo os textos; <br />• Textos curtos e elucidativos; <br />• Consolidação da linguagem, onde as palavras devem corresponder às figuras; <br />• Para Piaget, etapa animista, pois todas as coisas são dotadas de vida e vontade; <br />• O elemento maravilhoso começa a despertar interesse na criança. <br /> Os livros adequados a essa fase devem propor "vivências radicadas" no cotidiano familiar da criança e apresentar determinadas características estilísticas. <br />Predomínio absoluto da imagem, (gravuras, ilustrações, desenhos, etc.), sem texto escrito, ou com textos brevíssimos, que podem ser lidos, ou dramatizados pelo adulto, a fim de que a criança perceba a inter-relação existente entre o "mundo real", que a cerca, e o "mundo da palavra", que nomeia o real. É a nomeação das coisas que leva a criança a um convívio inteligente, afetivo e profundo com a realidade circundante. <br />As imagens devem sugerir uma situação que seja significativa para a criança, ou que lhe seja, de alguma forma, atraente. <br />A graça, o humor, um certo clima de expectativa, ou mistério são fatores essenciais nos livros para o pré-leitor. <br />As crianças, nessa fase, gostam de ouvir a história várias vezes. É a fase de "conte outra vez". <br />Histórias com dobraduras simples, que a criança possa acompanhar, também exercem grande fascínio. Outro recurso é a transformação do contador de histórias com roupas e objetos característicos. A criança acredita, realmente, que o contador de histórias se transformou no personagem ao colocar uma máscara, chapéu, capa, etc.. <br />Podemos enriquecer a base de experiências da criança, variando o material que lhe é oferecido. Materiais como massa de modelar e argila atraem a criança para novas experimentações. Por exemplo, a história do "Bonequinho Doce" sugere a confecção de um bonequinho de massa, e a história da "Galinha Ruiva" pode sugerir amassar e assar um pão. <br />Assim como as histórias infantis, os contos de fadas têm um determinado momento para serem introduzidos no desenvolvimento da criança, variando de acordo com o grau de complexidade de cada história. <br />Os contos de fadas, tais como: "O Lobo e os Sete Cabritinhos", "Os Três Porquinhos", "Cachinhos de Ouro", "A Galinha Ruiva" e "O Patinho Feio" apresentam uma estrutura bastante simples e têm poucos personagens, sendo adequados às crianças entre 3 e 4 anos. Enquanto, "Chapeuzinho Vermelho", "O Soldadinho de Chumbo" (conto de Andersen), "Pedro e o Lobo", "João e Maria", "Mindinha" e o "Pequeno Polegar" são adequados a crianças entre 4 e 6 anos. <br />Fábulas - Narrações que visam explicar a origem de certas particularidades de um ser ou coisa. Assim o porquê da rivalidade ou animosidade entre animais como o cão e o gato, o motivo da existência do rabo nos macacos, a razão pela qual a goela da baleia é estreita etc. Muito conhecido é o conto "A Festa no Céu", que nos informa a causa do aspecto característico do couro do sapo, tão salpicado à maneira de remendos.<br />Contos de Encantamento - No segmento Contos de Encantamento, encontramos dois tipos de contos muito semelhantes entre si: os contos maravilhosos e os contos de fada. Porém a literatura os classifica em diferentes grupos por conta das seguintes características: segundo TODOROV, “o ‘conto de fadas’ [grifo nosso] é uma das variedades do conto maravilhoso, do qual se distingue por uma certa escritura e não pelo estatuto do sobrenatural” (TODOROV, apud MEREGE, 2004: 15). De acordo com Nelly Novaes Coelho, existem duas diferenças básicas entre os gêneros: a origem e o propósito.<br />“A forma conto maravilhoso corresponde ao tipo de narrativas orientais, difundidas pelos árabes, e cujo mais completo modelo é a coletânea As Mil e Uma Noites. O núcleo das aventuras é sempre de natureza material/social/sensorial (a busca de riquezas; a satisfação do corpo; a conquista de poder, etc.). Ex: Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, O Gato de Botas, etc.<br />Quanto ao ‘conto de fadas’ [grifo nosso], é de natureza espiritual/ética/existencial. Originou-se entre os celtas, com heróis e heroínas, cujas aventuras estavam ligadas ao sobrenatural, ao Mistério do além-vida e visavam à realização interior do ser humano. Daí a presença da Fada, cujo nome vem do termo latino “fatum”, que significa destino” (COELHO, 1991: 154 e 155).<br />Ambos os gêneros possuem estruturas narrativas análogas e apresentam cinco pontos invariáveis: aspiração; viagem; obstáculos; o mediador e a conquista do objetivo.<br />“1- Toda efabulação tem, como objetivo nuclear, uma aspiração ou um desígnio, que levam o herói (ou heroína) à ação.<br />2- A condição primeira para a realização desse desígnio é sair de casa, o herói empreende uma viagem ou se desloca para um ambiente estranho, não-familiar.<br />3- Há sempre um desafio à realização pretendida: ou surgem obstáculos aparentemente insuperáveis que se opõem à ação do herói.<br />4- Surge sempre um mediador entre o herói (ou heroína) e o objetivo que está difícil de ser alcançado; isto é, surge um auxiliar mágico, natural ou sobrenatural, que afasta ou neutraliza os perigos e ajuda o herói a vencer.<br />5- Finalmente o herói conquista o almejado objetivo” (COELHO, 1991: 100).<br /><br />Histórias Acumulativas - São narrações em que os episódios sucedem-se consecutivamente encadeados, numa seqüência pela qual os casos anteriores se repetem face à representação de outro. Os casos acumulam-se então gradualmente até o desfecho, que afinal refere-se ao próprio início da narrativa. O exemplo típico dessa espécie vamos encontrar na estória da formiguinha, cujo pé ficou preso na neve. São histórias que agradam particularmente a crianças novas, pois sua técnica baseada na interação, possibilita maior facilidade ao acompanhamento do enredo. <br /><br />Dos 6 aos 7 anos <br />7 anos: aventuras no ambiente conhecido (escola, bairro, família, etc.), contos de fada, fábulas.<br />Interesse por ler e escrever. A atenção da criança esta voltada para o significado das coisas; <br />• O egocentrismo está diminuindo. Já inclui outras pessoas no seu universo; <br />• Seu pensamento está se tornando estável e lógico, mas ainda não é capaz de compreender idéias totalmente abstratas; <br />• Só consegue raciocinar a partir do concreto; <br />• Começa a agir cooperativamente; <br />• Textos mais longos, mas as imagens ainda devem predominar sobre o texto; <br />• O elemento maravilhoso exerce um grande fascínio sobre a criança. <br />Os contos de fadas citados na fase anterior ainda exercem fascínio nessa fase. "Branca de Neve e os Sete Anões", "Cinderela", "A Bela Adormecida", "João e o Pé de Feijão", "Pinóquio" e "O Gato de Botas" podem ser contadas com poucos detalhes.<br />Dos 8 aos 9 anos<br />8 anos: histórias que utilizam a fantasia de forma mais elaborada, histórias vinculadas à realidade.<br /><br />9 anos: aventuras em ambientes longínquos (selva, oriente, fundo do mar, outros planetas), contos de fada com enredo mais elaborado, histórias humorísticas, aventuras, narrativas de viagens, explorações, invenções.<br />Histórias de Aventuras - Narrações entremeadas de acidentes e episódios empolgantes por que passam personagens destacadas, centralizadas na figura de heróis, caso seja mais de um. O assunto dessa espécie é bem variável: ora se prende a lances épicos e dramáticos (como no caso de cavaleiros medievais de marinheiros e piratas, de vaqueiros e bandoleiros, de espadachins etc.), ora a casos envolvendo enigmas e surpresas (como nas narrativas de mistério e nos contos policiais), por vezes a fatos simplesmente pitorescos ou de peculiar ineditismo (como nas ficções de fundo cientista ou nas de conteúdo humorístico). <br /><br />10 a 12 anos: narrativas de viagens, explorações, invenções, mitos e lendas.<br /><br />Mitos: Sua origem perde-se no principio dos tempos. São narrativas tão antigas quanto o próprio homem; e nos falam de deuses, duen¬des, heróis fabulosos ou de situações onde o sobrenatural domina. Os mitos estão sempre ligados a fenômenos inaugurais: a genealo¬gia dos deuses, a criação do mundo e do homem, a explicação mágica das forças da natureza, etc.<br />...nos mitos, se denuncia o fecundo elã inicial do homem em direção à ciência (= desejo de explicar o que o rodeia); em direção à religião (= desejo de explicar-se a si próprio, sua origem e seu des¬tino); em direção à poesia (= desejo de cumprir seus sentimentos e atingir as sensações irreprimíveis), Pelo mito, o homem, que não sabia nada, senão que vivia, tornou vivas todos as maravilhas que tinha ao alcance de seus olhos ou de suas mãos. [...] Cada povo da Antiguidade tem seus mitos característicos, intimamente relacionados com sua religião ancestral e com sua alma poética. [...] O homem primitivo fez de cada verdade (por não sabe-la tal, por não saber prova-la como tal) um mito. Ao homem moderno corresponde fazer de cada mito uma verdade, porque o mito a encerra indiscutivelmente. ("Mitologia" in Ensayo de un Dicionario de Ia Literatura - I de Sainz Robles.)<br /><br />Lendas: A lenda ( = lat. Legenda, legere - ler) é uma forma narrativa antiquíssima, geralmente breve (em verso ou prosa), cujo argumento é tirado da Tradição. Consiste no relato de acontecimentos onde o maravilhoso e o imaginário superam o histórico e o verdadeiro. É transmitida e conservada pela tradição oral. É também ligada a certo espaço geográfico e a determinado tempo. Conforme a lição de Câmara Cascudo, embora seja<br /><br />De origem letrada, a lenda conserva as quatro características do conto popular: antiguidade, persistência, anonimato e oralidade. Os processos de transmissão, circulação e convergência são os mes¬mos que presidem à dinâmica da literatura oral. Muito confundido com o mito, dele se distancia pela fundação e confronto, O mito pode ser um sistema de lendas, gravitando ao redor de um tema cen¬tral, com área geográfica mais ampla e sem necessária fixação no tempo ou no espaço. (in C. Cascudo, op. Cit.)<br /><br />Nosso folclore é bastante rico em lendas e uma pesquisa séria a respeito revelará caminhos extremamente fecundos para uma nova literatura infantil brasileira. Muitas lendas já têm sido apro¬veitadas pelos escritores, tais como: a da Mãe d' Água (que pertence ao ciclo europeu da sereia e ainda tem aspectos inexplorados...); a da Mãe-da-Lua; da Cobra Grande; da Mula-sem-Cabeça; do Boto; do Curupira ali Caapora; Cainamé, etc., etc.Rossana Lourençohttp://www.blogger.com/profile/14975447533407014962noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7949974023202932472.post-8799355057811537272009-08-04T19:26:00.000-07:002009-08-04T19:33:09.846-07:00A IMPORTÂNCIA DE CONTAR E OUVIR HISTÓRIASO homem conta histórias desde que aprendeu a falar, e transmitiu oralmente, através das gerações, os seus contos tradicionais ou populares, gênero no qual se incluem os contos de fada. Através destas narrativas a criança adquire mais poder de compreensão do significado da própria vida, o que a levará à maturidade psicológica. Por isso, esses contos, pedagogicamente, são considerados fundamentais para qualquer povo.<br /><br />Usamos a expressão contos de fada, com a palavra fada no singular, por serem histórias que contam o destino do personagem principal, independente do aparecimento de fadas durante a narrativa. Acreditamos que o seu significado relacionado a este tipo de conto, se dá porque alude a fata, uma palavra latina, variante rara de fatum (fado), que se remete a palavra destino.<br /><br />Os contos de fada dialogam com os conflitos internos mais fortes sofridos pelas crianças e apresentam soluções tanto temporárias quanto permanentes. Eles transmitem à criança que uma luta contra dificuldades graves na vida é inevitável, é parte da existência humana; mas se a pessoa não se intimida ao se defrontar com pressões muitas vezes injustas, poderá superar os obstáculos e sairá vitoriosa.<br /><br />Os contos de fada prendem a atenção da criança; desenvolvem a sua imaginação; propiciam o desenvolvimento do seu intelecto; ajudam-na a entender as suas emoções; a harmonizar-se com suas ansiedades, medos e aspirações. <br /><br />Nos cinco primeiros anos de vida buscamos o significado do eu, da família e do mundo. Os contos de fada auxiliam essa busca. Quando os adultos contam histórias para crianças as ajudam a perceber os sentimentos que a tomam interiormente. A criança costuma escolher algumas histórias para ouvir sempre. Devemos procurar entender o porquê dessa escolha e utilizá-la para explicar o mundo e a vida para a criança de forma lúdica, pois ela ainda não tem capacidade para entender explicações morais ou científicas.<br /><br /><br />Texto de Rossana Lourenço.Rossana Lourençohttp://www.blogger.com/profile/14975447533407014962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7949974023202932472.post-63397227284122467372009-08-04T19:11:00.000-07:002009-08-04T19:33:32.247-07:00COMO A ARTETERAPIA ATUA NOS CASOS DE BAIXA AUTO-ESTIMA?Muito se fala sobre o assunto, mas será que sabemos o que é auto estima?<br /><br />Auto-estima é a opinião e o sentimento que cada pessoa tem por si mesma. É ser capaz de respeitar, confiar e gostar de si.<br /><br />Pessoas com baixa auto-estima geralmente são inseguras, perfeccionistas se sentem inadequadas, incapazes, têm dúvidas constantes, são pessoas que não se permitem errar e tem necessidade de agradar, de aprovação e de reconhecimento.<br /><br />Uma das indicações para o tratamento da baixa auto-estima é fazer todo dia algo que o deixe feliz. A Arteterapia se encaixa muito bem nessa recomendação.<br /><br />Além disso, a realização das atividades artísticas mostrará à pessoa que ela é capaz de realizar tarefas, o que estimulará a sua auto-confiança. A satisfação com o trabalho artístico trará a reflexão sobre as qualidades positivas desse indivíduo que normalmente só vê o seu lado negativo.<br /><br />A arteterapia também atua como estimulante do autoconhecimento, que é o diferencial que faz com que cada um consiga ter controle sobre suas emoções.<br /><br />O autoconhecimento é fundamental para desenvolver o amor por si mesmo e fortalecer a auto-estima.<br /><br />É muito difícil alguém se conhecer interiormente quando a busca está sempre no externo. Mudam o corte do cabelo, compram roupas, carros, emagrecem, mas quase sempre esquecem que o caminho deve ser o contrário, de dentro para fora.<br /><br />Quando uma pessoa está bem com ela mesma você percebe isso não pela roupa que está usando, ou o carro que está dirigindo, mas pelo brilho em seu olhar, o sorriso em seu rosto e a paz em seu espírito.<br /><br />E aí vai uma Dica para os pais e educadores:<br />A auto estima começa a se formar na infância. A partir de como as outras pessoas nos tratam. Podemos alimentar ou destruir a autoconfiança e a auto estima de uma criança.<br />Por isso elogiem suas crianças, falem de seu amor por elas. Esta é uma ótima forma de estimular a auto estima e a auto confiança delas. E assim estaremos formando adultos mais equilibrados e felizes.<br /><br /><br />Texto de Rossana Lourenço.Rossana Lourençohttp://www.blogger.com/profile/14975447533407014962noreply@blogger.com0